Olá pessoal.
A resenha de hoje será sobre um thriller bem
diferente.
Nome: Stolen – Raptada – Carta ao meu Seqüestrador
Nome Original: Stolen
Autora: Lucy Christopher
Editora: ID
Ano: 2012 Páginas: 368
ISBN: 9788516077808
Esse livro
estava na lista dos meus desejados há um bom tempo. Desde que li a sinopse pela
primeira vez percebi que se tratava de uma história intensa pelo motivo de
mostrar aspectos da Síndrome de Estocolmo e isso foi o que mais me chamou a
atenção. No momento em que comecei a lê-lo notei que se tratava de um thriller psicológico
mais leve e isso foi bem agradável, incomum de se ver e até um pouco surpreendente.
Stolen é
narrado em primeira pessoa por Gemma, uma adolescente de dezesseis anos que
está no aeroporto de Bangkok com seus pais esperando pelo seu vôo. No entanto, quando
ela se afasta e vai até uma lanchonete, um rapaz bonito e charmoso se aproxima
e lhe oferece um café; ela aceita e conversa com ele por algum tempo, sem nem
ao menos imaginar quais são as suas verdadeiras intenções.
“ Ouvi você caminhando em minha direção. Tentei me encolher, tentei me afastar. Sentia tudo pesado. Lento. Meu cérebro funcionava e meu coração batia acelerado. Eu estava num lugar ruim. Isso eu sabia. Só não sabia como tinha chegado lá. Nem o que você fizera comigo.”
O que mais
gostei neste livro além do desenvolvimento foi a narrativa; além de
ser diferente pelo motivo de Gemma contar tudo o que lhe aconteceu (e o que sentiu)
como se fosse uma carta dirigida ao seu seqüestrador, todas as emoções dela antes
e depois do rapto foram bem retratadas de forma que consegui sentir
profundamente tudo o que se passava com ela; as suas angustias, medos, receios
e até mesmo a sua compaixão para com o seqüestrador me pareceram bem reais e
isso fez com que a leitura se tornasse mais prazerosa e cativante.
Outro ponto que
apreciei foi o fato de não haver nenhuma violação sexual, violência ou algo do
tipo, não que isso seja ruim em livros do gênero, eu até gosto de ler obras com
temáticas mais fortes, mas creio que se tivesse algo assim em Stolen,
dificultaria o leitor a entender o que causou o aparecimento da síndrome em
Gemma.
Também gostei
dos personagens, ambos foram bem desenvolvidos e descritos. Tyler, o seqüestrador
foi o que mais me surpreendeu, pois ele é um personagem bom, carismático e
sensível, no entanto ele também possui um lado sombrio devido a traumas do
passado e por isso se tornou um jovem perturbado e carente de afeto. Já Gem foi
uma personagem normal para idade e cresceu ao decorrer da leitura. Senti pena e
compaixão por ambos e cheguei a torcer para que os dois tivessem um final feliz.
“Perguntei a mim mesma o que teria acontecido se não tivessem feito isso. Você ainda estaria correndo pela fazenda do seu pai, mais selvagem do que qualquer bicho? Teria desaprendido a falar? Mas talvez isso não tivesse importância para você.”
O único ponto
que me desagradou foi o final, achei que tudo ocorreu muito rapidamente, como
também não teve uma definição apropriada, me pareceu como se autora tivesse deixado
algo passar de propósito, quase como se fosse haver uma continuação, mas acredito
que não haverá; no meu ponto de vista poderia ter sido diferente.
Em resumo
Stolen é um livro envolvente e único. Vale muito a pena ser lido principalmente
por aqueles que apreciam o gênero. Só aviso aos futuros leitores que esta história
pode causar sentimentos conflitantes... E pode ser que ao chegar no final, alguns percebam
que se afeiçoaram e torceram pelo Tyler MacFarlane, assim como eu rs J
Recomendo!
“Permaneci em silêncio. Não queria voltar para você. Não sabia o que iria fazer. Pressionei os braços na pedra e ordenei a mim mesma que parasse de tremer. As pontas dos meus dedos estavam ficando azuis. - Não há escapatória - você gritou. – Vou esperar aqui a noite inteira, a semana inteira se for preciso. Você não pode escapar de mim.”
“Estendi o braço, segurei sua mão e cerrei meus dedos sobre os seus. Não queria largar você. Não queria ficar sozinha com aqueles estranhos. Olhei para você, meus olhos encontraram os seus. Você hesitou, olhou para trás, para o asfalto e para a planície vermelha que havia além... Depois de novo para mim. Com um leve aceno de cabeça, você sentou ao meu lado e começou a falar comigo. Não sei o que você disse. Mas havia lágrimas em seus olhos.”
“ Não havia nada no outro lado daqueles rochedos, somente mais da mesma coisa.Para onde quer que eu fosse, você me pegaria.Eu não tinha como fugir.”
“ Estendi a mão e tirei uma partícula de tinta grudada em sua barba curta. Você segurou os meus dedos e os apertou contra o queixo. Permaneci imóvel, sentindo o calor da sua mão e a aspereza de sua barba curta nas pontas dos meus dedos. Onde é que eu estava com a cabeça? Olhei de novo para as estrelas. Após alguns momentos, você deixou meus dedos escorregarem entre os seus.”
Beijos.
Oi Alinne!
ResponderExcluirO livro me chama a atenção porque gosto de thrillers assim. Fiquei surpresa por ver que ele tem uma abordagem mais leve, o tema em si é um tanto quanto pesado.
Acho que isso do estupro dificultar a compreensão do aparecimento da síndrome depende da habilidade do autor em narrar a história. Isso acontece em Identidade Roubada (fui checar se você tinha lido mesmo antes de falar pra não dar spoiler hehe) e fica completamente compreensível a dependência que ela acaba criando com o sequestrador, ainda que ela não chegue a desenvolver a síndrome por completo.
Beijão!
Oie :)
ResponderExcluirNossa quando eu vi sua resenha eu fiquei super feliz , motivo ? estou querendo esse livro desde o meio do ano passado kkkkkk , mais o preço é tão alto que eu nem me dou ao trabalho de comprar kkk , quero leeeeer , beijos !!
http://euvivolendo.blogspot.com.br/ ( comenta lá :D )
Nossa fiquei muito curiosa para ler Stolen!
ResponderExcluirJá tinha ouvido falar sobre esse livro mas nunca tinha lido uma resenha que me fizesse ter vontade de lê-lo! E essa fez! hehe
Nunca li nenhum thriller psicológico e este livro parece ser ótimo para começar *-*
Beeijos,
http://isteh.blogspot.com.br
Uau! Gostei!
ResponderExcluirVou com certeza buscar esse livro!
Valeu a dica!
Esses finais que acontecem rápido demais estão ficando mais comuns do que se imagina. :/ Eu acho que os autores deveriam se policiar um pouquinho mais.
ResponderExcluirUm beijo,
Luara - Estante Vertical
Com certeza é ele abordar a Síndrome de Estocolmo que mais chama atenção e parece ser o ponto alto! Gostei.
ResponderExcluirBeijo,
Nic
Minha nossa. Parece que ultimamente eu só tenho me interessado por livros que causam "sentimentos conflitantes", hahaha. Li há mais ou menos Belo Desastre e estou fugindo de dramas, mas parece que eles me perseguem, rs.
ResponderExcluirAdorei sua resenha, e fiquei com a maior vontade de ler o livro, mesmo tendo o gênero que tem.
http://valvula-de-e5cape.blogspot.com.br/
@valvuladee5cape
Adorei a resenha, tenho mta vontade de ler esse livro,parace muito bom :)
ResponderExcluirE essa capa tbem, adoro, muito linda!
Beijos
Mari
http://quinzeprimaverasescritas.blogspot.com.br/
Um livro que me chama atenção faz um tempão, mas que infelizmente ainda não li. Uma história que promete mexer com nossos sentimentos.
ResponderExcluirBjs, Rose.
Gostei do livro... Mas ODIEI o final, esperava que ambos se entendessem e ficassem juntos. Agora se tiver continuação, tudo bem! rs... Mas caso contrário... fiquei frustada com o final. Primeiro livro que deixou a desejar. Franciele - Goiás
ResponderExcluirOi, Aline! Eu amei o livro, ainda amo, na verdade, mas assim como você também não gostei do final. Ela poderia fazer o que mencionara na carta: A segunda opção, acho que como ele preferiu ser preso ao invés de deixá-la só, ela poderia ter salvo sua vida. Não achei justo o final. Ele salvou sua vida muitas vezes e ela simplesmente não poderia salvar a sua no tribunal?! Se fosse eu no lugar dela faria isso porque não conseguiria viver longe da pessoa que eu estava apaixonada, não conseguiria acordar e saber que poderia ter feito algo em troca, minha gratidão não bastaria. Eu não conseguiria viver longe dele, mesmo com a pressão de meus pais... Sem pensar duas vezes voltaria ao deserto com ele.Talvez Ty não estivesse falando totalmente a verdade, mas eu acreditei nele!
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